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"Batidas na porta da frente,
É o tempo
Eu bebo um pouquinho
Pra ter argumento
Mas fico sem jeito, calado
Ele ri
Ele zomba do quanto eu chorei
Porque sabe passar, e eu não sei
Num dia azul de Verão
Sinto o vento
Há folhas no meu coração
É o tempo
Recordo um amor que perdi,
Ele ri
Diz que somos iguais, se eu notei
Pois não sabe ficar, e eu também não sei
E gira em volta de mim
Sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro,
Sozinhos
Respondo que ele aprisiona,
Eu liberto
Que ele adormece as paixões,
Eu desperto
E o tempo se rói, com inveja de mim
Me vigia, querendo aprender
Como eu morro de amor
Pra tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso,
Ele não vai poder me esquecer"
quinta-feira, janeiro 07, 2010